quarta-feira, 13 de junho de 2012


Faz tempo que não escrevo, escrever pra mim é uma atividade bastante particular, não basta apenas escrever, os leitores devem se ver naquilo que estão lendo. No entanto hoje escrever perdeu um pouco de seu sentido, hoje escrevemos por tristeza, postamos mensagens de condolências.
O mundo hoje se tornou mais triste, não porque perdemos pessoas queridas, não porque estamos sofrendo com a dor dessa perda, o mundo esta triste porque as crueldades de outrora hoje são consideradas normais.
Não podemos nos acomodar e achar a violência normal, não podemos nos trancar em nossas casas e esperar a situação melhorar, pois isso não vai acontecer. Albert Einstein dizia que o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
Por isso peço a nossos representantes em quem depositamos nossa confiança e que nos prometem saúde, trabalho, educação e segurança que cumpram com o que nos foi prometido. E peço agora a população que acorde e faça a sua parte também, pois nós não podemos mais permanecer calados diante de tais situações, o momento é agora.
"Cavalheiros o tempo da vida é muito curto, se vivemos, vivemos para arrancar cabeças dos reis " (W. Shakespeare)

                                                                                               LAELSON OLIVEIRA

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Amor de Cristo

Hoje perdido em pensamentos me ocorreu uma série de questionamentos sobre o que é o amor. Que sentimento é este que nós julgamos não existir senão de pai para filho? Para Camões o amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; para Paulo o amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor nunca falha, o amor não trata com leviandade. Mas para Deus o que é o amor? E para Jesus o que é o amor? Dizem que o amor é vida... Então qual o papel da morte nesta e em tantas outras lindas historias de amor? Jesus disse: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amo”, mas todo sábado de aleluia nós em uma tradição irracional malhamos o Judas.

Depois de tudo isto eu lhes pergunto: o que... é... o amor...? Talvez Cazuza esteja certo: o amor é o ridículo da vida, agente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora... Se for assim eu prefiro abrir mão de tal sentimento, pois se o amor é fogo, se o amor é sofredor se é como diz Raul Seixas que ninguém é feliz tendo amado uma vez, se amar é passar por tudo isso, confesso a vocês que tenho medo e talvez eu prefira experimentar um outro sentimento: A Paixão.

Alguns não acreditam na pureza deste sentimento, acham ele muito superficial e pouco duradouro, mas como diria Fernando Sabino: O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. E um poeta que vocês devem conhecer, por isso não citarei seu nome, fala muito bem quando diz que “só quem soube duvidar, pode enfim acreditar. Viu sem ver e amou sem aprisionar”.

Meu objetivo não é desmoralizar o amor, mas sim mostrar que a paixão não é esse um sentimento mesquinho e fútil porque se ninguém é feliz tendo amado uma vez, então ninguém que nunca se apaixonou viveu plenamente sua condição como ser humano. Foi isso que Jesus quis nos ensinar com sua paixão: que os seres humanos não podem ser feitos prisioneiros, que a paixão é liberdade e não prisão, que a paixão é remédio e não doença pois Deus criou o homem para que tenha vida e vida em abundancia...

segunda-feira, 30 de março de 2009

A violência é tão Fascinante

Quem gostaria de ir para o céu? Eu não; se pudesse eu colocaria tudo isso dentro de uma garrafa, me sentaria na porta de minha casa e tomaria tudo de uma só vez, mas como não posso eu fico imaginando o porquê de tanta violência, o que leva uma pessoa a tirar a vida de outra? Que mal medonho uma pessoa pode fazer para merecer tal condenação?

Um dia desses li na bíblia: “Bem-aventurado os mansos, porque estes herdarão a terra”. Deve ser este o motivo de tanta violência, quem é que quer ficar na terra enquanto todo mundo vai para o céu? Quem aceita de bom grado as sobras do banquete se é possível nos deliciarmos com o prato principal?

Todos ficamos abalados com o confronto na Faixa de Gaza, muitas emissoras cobriram a investida armada de Israel, mas uma cena me fez pensar, um repórter ao entrevistar uma das famílias atingidas pelo confronto, perguntou se eles não tinham vontade de voltar ao Brasil, sem hesitar o pai das meninas respondeu que era a coisa que ele mais desejava, no entanto sua filha respondeu que no Brasil também tinha uma guerra, a guerra do tráfico e que sua guerra era muito mais honesta pois era em nome de Deus.

Aquela menina tocou em uma das questões mais delicadas do Brasil, pois como diz Plínio Marcos o “Brasil só não está em guerra civil, por questão de detalhes. Os chefes da situação não acham os chefes da oposição para lhes entregar a declaração de guerra, mas mesmo sem cumprirem o protocolo, o pau quebra em cada esquina”. Estamos no meio de uma guerra fria com temperaturas tropicais, não é invenção minha, eu não estou criando fatos estou apenas analisando e convidando vocês a me acompanharem nessa analise. Nós choramos em pleno carnaval junto com aquela família quando nossos irmãos foram tirados de nós ao voltarem para o aconchego do lar após uma noite de diversão e felicidade que culminou de forma brutal e com total crueldade para um duplo homicídio, choramos também com os inúmeros casos de violência sexual que é praticada por supostos seres humanos e que deixará uma ferida que nunca cicatrizará. Também não podemos nos esquecer da violência ideológica, quantos jovens não são convencidos a consumir bebidas alcoólicas só porque vê na televisão - com perdão da palavra – uma gostosa, fazendo mais propaganda do seu corpo que da cerveja, e depois todo mundo ainda acha errado alguns alemães ficarem só de cueca no aeroporto.

Devo confessar a vocês que eu tenho medo de analisar de forma mais profunda tal situação e perder a inspiração, a vontade de viver, de ser feliz, de amar... Eu sei o tamanho da tarrafa que eu uso, este peixe é grande demais para ela, é preciso concordar com Cazuza: os ignorantes são mais felizes, pois são incapazes de enxergar...